Hoje presenciei uma cena que já está comum em nosso meio. Num Salão
de Beleza uma criança de 3 (três) anos de idade acompanhava a vovó; apenas que
causou-me um impacto o fato de estar calçando sandálias de salto (e já pisava torto)
, e uma mamadeira pendurada na boca.
A pergunta que me assalta é: não
estamos colaborando para uma adultização precoce quando ousamos achar
“bonitinho, lindinho, engraçadinho” para dizer o mínimo? A disseminação da
adultização precoce poderá trazer muitos entraves no futuro, como por exemplo,
a desorganização da identidade da criança. Afinal, quem é ela? É uma criança ou
uma adultazinha? Anda como adulta – de saltos na minúscula sandália – mas
precisa da mamadeira (tardia, aliás), pela alimentação e pela proximidade do
objeto pendurado (e pesado!) consigo todo o tempo. É difícil entender como vive
esse paradoxo.
Como entender o apoio e aplausos
dos adultos (a sociedade) ? Afinal, uma criança de três anos de idade não
conseguiria impor-se a saltos nos sapatos ou um sutiã com bojo do tipo
“nadador”...
Vamos refletir sobre isso e, que tal
deixar nossas crianças viver a sua infância? O tempo é esse e delas.
Meninas da Pedagogia.
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